Psicoterapia para Adolecentes
A adolescência chegou e com ela muitas angústias inerentes à essa fase da vida.
E por mais longa que venha se tornando, tal fase envolve a elaboração psíquica de muitas perdas e a construção de uma nova identidade. Enquanto os pais se deparam com o estranhamento causado por mudanças bruscas de humor, atitudes opositoras, o distanciamento e uma certa indisposição, os adolescentes situam suas queixas como mais próximas às questões emocionais, ressaltando-se sentimentos de inadequação, cobranças internas e externas e um certo vazio existencial. Tal cenário exige de pais e filhos a capacidade de adaptar-se e condições para o diálogo, que pode ser afetada pelo medo de que o laço não suporte as disputas, comprometendo a autonomia, a confiança e o respeito pela individualidade.
Frente a isso, diversos conflitos podem ser suscitados, sendo relevante o trabalho psicoterápico na promoção e manutenção da saúde emocional do adolescente.
De forma agravante, há situações nas quais o sintoma apresentado pelo adolescente é desencadeado pelo adoecimento em um ou em ambos os pais, sendo o processo psicoterápico indicado também para outros membros da família, ou até mesmo a psicoterapia familiar.
No que concerne ao trabalho psicoterápico ou analítico do adolescente, o objetivo é que o espaço de escuta e acolhimento dê conta do processo de crescimento, com a elaboração do luto pela perda da infância e a percepção de “seu lugar ao sol”, com suas escolhas e consequências, a construção de sua autonomia em relação aos pais. Em essência, ser capaz de estar sozinho, sem que isso gere uma vivência de abandono.